2008
Considero que este foi um bom ano para mim, muitas coisas legais aconteceram, publiquei um primeiro livro em conjunto através de uma oficina do sesc, publiquei em jornal, fui convidada a participar do site Novas Visões, minha primeira semana de aula na ufsc me proporcionou uma primeira publicação em uma revista organizada por alguns professores e acadêmicos chamada Trasilau.
Através dessas boas coisas que aconteceram achei qu seria interessante expor a quem por aqui circula os endereços para poderem ler e talvez opinar sobre algumas das minhas produções:
http://novasvisoes.com.br/wp/?p=841
http://novasvisoes.com.br/wp/?p=724
http://novasvisoes.com.br/wp/?p=591
http://novasvisoes.com.br/wp/?p=481
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2272826.xml&template=4187.dwt&edition=11002§ion=1186
http://www.cce.ufsc.br/revistatrasilau/001/prosaicos/maria_isabel.html
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Fragmentos de notas infinitas
3. Na última parada descia sempre cabisbaixa, olhos enterrados na penumbra, fio de cegueira luminosa e ao girar a chave logo o minhocário de tecidos se enroscava em seus pés pedindo para que ela se entregasse eternamente à ausência do apartamento uterino.
4. Amava poetas neste mês, principalmente míopes que nada sabiam de poesia.
5. Eram os dois corpos costurados pelas costelas, pouco se mexiam para que o outro não ficasse em desconforto. Ficaram parados durante um bom tempo, alguns trinta calendários. Esqueceram-se um do nome do outro, das faces e dos beijos, da telepatia das duas íris, até que perderam a voz, as declarações e, nesse vazio as unhas tingiam-se de vermelho e o nariz era o foco de qualquer paisagem.
6.Os homens nada sabem de amores, pois ela o olha durante muito tempo, todos os dias, da mesma carteira, freqüentadora assídua dos repetidos monólogos. E ele olha para a direita, para a esquerda, repara nas surdas e em seus véus de traços delineados.
7.Dorme muito, amassa ovelhas com seu cabelo e não sonha nada. Engole frascos para desfigurar rostos e apagar lembranças.
*A Notícia - Vozes Femininas nas anotações - 14 de dezembro de 2008
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2329925.xml&template=4187.dwt&edition=11298§ion=1296
3. Na última parada descia sempre cabisbaixa, olhos enterrados na penumbra, fio de cegueira luminosa e ao girar a chave logo o minhocário de tecidos se enroscava em seus pés pedindo para que ela se entregasse eternamente à ausência do apartamento uterino.
4. Amava poetas neste mês, principalmente míopes que nada sabiam de poesia.
5. Eram os dois corpos costurados pelas costelas, pouco se mexiam para que o outro não ficasse em desconforto. Ficaram parados durante um bom tempo, alguns trinta calendários. Esqueceram-se um do nome do outro, das faces e dos beijos, da telepatia das duas íris, até que perderam a voz, as declarações e, nesse vazio as unhas tingiam-se de vermelho e o nariz era o foco de qualquer paisagem.
6.Os homens nada sabem de amores, pois ela o olha durante muito tempo, todos os dias, da mesma carteira, freqüentadora assídua dos repetidos monólogos. E ele olha para a direita, para a esquerda, repara nas surdas e em seus véus de traços delineados.
7.Dorme muito, amassa ovelhas com seu cabelo e não sonha nada. Engole frascos para desfigurar rostos e apagar lembranças.
*A Notícia - Vozes Femininas nas anotações - 14 de dezembro de 2008
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2329925.xml&template=4187.dwt&edition=11298§ion=1296
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